quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Inferno é um lugar de fogo, tormento e enxofre onde os ímpios serão lançados?

A palavra “Inferno” vem do latim Infernus, significa sepultura ou partes inferiores da terra, oriunda da expressão grega haídes, no português, Hades:
Mateus 16.18; Lucas 10.15; Atos 2.27; Apocalipse 1.18.

As palavras “Hades” e “Seol” aparecem às vezes traduzidas por Inferno com o mesmo significado tanto no hebraico Sheohl como no grego Haídes e no latim Infernus – Sepultura:
Deuteronômio 32.22; 2 Samuel 22.6; Jó 11.8; 26.6; Salmos 16.10; Mateus 16.18; Apocalipse 1.18; 6.8; 20.13, 14.

Palavras traduzidas por Inferno que perdem o significado original:

Geena (Hebraico: Geh hinnom; Grego: Geenna, Vale de Hinom ou Vale de Hena, também chamado de Tofete. Vale profundo próximo a Jerusalém, usado como depósito de lixo e incinerador da cidade, onde lançavam-se cadáveres de animais para serem consumidos pelo fogo, aos quais acrescentava enxofre para ajudar na queima. Também lançavam ali cadáveres de criminosos executados. Quando esses caíam sobre uma saliência sua carne em putrefação ficava infestada de vermes, que não morriam até terem consumido as partes carnais, deixando apenas os esqueletos. De acordo com alguns escritos neste mesmo Vale se faziam sacrifícios a Maloque. O Vale de Geena ficava fora de Jerusalém e por causa do seu fogo intenso e contínuo, tornou-se o símbolo do lago de fogo que também estará fora d Nova Jerusalém) – Mateus 5.22, 29, 30; 10.28; 18.9; 23.15; Marcos 9.43,45,47; Lucas 12.5.
Tártaro (Poço profundo e escuro. Abismo em que se encontram presos os anjos caídos) – 2 Pedro 2.14.
Morte (Coletor dos homens caídos devido o pecado) – 1 Coríntios 15.55.

O Inferno não é um lugar de tormento em fogo:
  • É um lugar de inatividade – Salmos 6.5; Eclesiastes 9.10; Isaías 38.18, 19.
  • Jó orou para ir para o Inferno, ou seja, para ir para a sepultura – Jó 14.13.
  • Jesus ressuscitou do Inferno, ou seja, da sepultura – Atos 2.27; 31, 32; Salmos 16.10.
  • O Inferno entregará seus mortos e será destruído, ou seja, deixará de existir – Apocalipse 20.13, 14.

O lago de fogo que é a segunda morte é um lugar de tormento eterno?
Como ja vimos o Geena se tornou símbolo do lago de fogo, agora precisamos entender o significado gramatical da expresão "eterno".

No grego, eternoé "aion" que significa uma duração relativa ao que se refere. Sendo assim pode-se dizer que é eterno sem fim ou eterno enquanto dura.
Em Apocalipse 20.10, diz que o Diabo, a besta e o falso profeta foram lançados no lago de fogo e alí serão atormentados pelos séculos dos séculos.
Em grego "séculos dos séculos" é "aion ton aion" que pode ser deduzido por para sempre ou eternamente. Mas, antes de afirmarmos qualquer dedução é necessário observar o que diz em Judas 6,7: "E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, ele os tem reservado em prisões eternas na escuridão para o juízo do grande dia, assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se prostituído como aqueles anjos, e ido após outra carne, foram postas como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno."
Portanto, é dito de forma clara que os anjos estão em trevas esperando o juízo em algemas eternas (aion). Ora, as algemas eternas serão tiradas quando chegar o juízo e a condenação final, e a setença for decretada. Assim, a algema é eterna somente até que se cumpra o objetivo e sejam condenados.
O verso 7 diz que o "exemplo do fogo eterno" é o da punição que caiu sobre Sodoma e Gomorra e as cidades vizinhas. O Senhor fez chover enxofre e fogo do céu destruindo aquelas cidades e tudo o que brotava da terra. A punição de Sodoma e Gomorra foi a detruição eterna. Pois elas ainda não estão queimando até hoje - Gênesis 19.24-29. Então, eterno, somente, enquanto dura.

O lago de fogo é o aniquilamento de todos os inimigos:
1 Coríntios 15. 24-26; Apocalipse 20.7-10, 14.

O lago de fogo é a destruição total e não um castigo que durará para sempre:
  • Satanás será aniquilado, e nunca mais existirá - Ezequiel 28.13-19; Apocalipse 20.9
  • Não haverá mais morte - Apocalipse 20.14; 21.4
  • Todos os injustos serão queimados, reduzidos a nada; neles não permanecerá nem raiz ou ramo - Malaquias 4.1; 2 Pedro 3.7; Apcalipse 20.15
  • A Babilônia será consumida no fogo e nunca mais existirá - Isaías 47. 11, 14; Apocalipse 18. 8,19
  • Toda a terra será destruida, consumida pelo fogo; todas as nações serão entregues para a matança, todas serão entregues para a destruição - Isaías 34; 2 Pedro 3.7
  • O fogo será eterno até consumir tudo, assim como Sodoma e Gomorra se tornaram cinzas - 2 Pedro 2.6
  • O primeiro céu e a primeira terra passarao; e o mar deixará de existir - Apocalipse 21.1
  • Os injustos não serão atormentados para sempre, pois não são imortas e não terão o direito de comer da árvore da vida para serem eternos; continuarão sendo mortais; serão ressuscitados para a morte eterna, ou seja, para a cessação eterna de sua existência - Apocalpse 20.11-15.
  • A punição ou castigo eterno será perder a salvação em Cristo, sofrer conforme suas obras, receber novamente a morte e também o esquecimento eterno - Mateus 25.31-46; Lucas 13.22-28; Judas 1.7; Apocalipse 20.11-15.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cuidado com os falsos profetas e seus ensinamentos!

 Uma enxurrada de falsos ensinos tem inundado o Cristianismo, levando em suas águas de morte e destruição muitos cristãos despreparados, sem que ninguém tenha coragem de detê-la. Aqueles que deveriam estar agindo como salva-vidas, muitas vezes encontram-se surfando nas águas desses ensinos heréticos.
Todo este quadro deplorável é fruto da conivência com a mentira e do afastamento da verdadeira doutrina de Cristo. Muitos, em sua ignorância, tornaram-se presa fácil dos vendedores de “sonhos”, que os impressionaram com suas “visões” e “profecias”, levando-os a transformarem-se em verdadeiras “mulas”, transportadoras de seus falsos ensinamentos. Veja a seguir os mais conceituados movimentos heréticos:

      Igreja / Seita / Movimento
Escritos
Profeta
Igreja Evangélica Denominacional
Bíblia (diversas versões)
Diversos
Igreja Católica Apostólica Romana
Bíblia Católica
Papa
Igreja de Jesus Cristo dos
Santos Dos últimos dias
O Livro de Mórmon
Joseph Smith
Testemunhas de Jeová
Tradução do Novo Mundo
Charles T. Russell
G12 – Governo dos Doze
(Igreja em células)
Livro - Sonhas e Ganharás o Mundo
Cesar Castellanos
Espiritismo – Sociedade Espírita ou Espiritismo Moderno
Evangelho segundo o Espiritismo
Alan Kardec
Missão Nova Vida
Evangelho da Água e do Espírito
Paul C. Jong
Igreja Messiânica Mundial
Livro de Ouro
Mokiti Okada
Igreja da Suprema Ordem
Universal da Santíssima
Trindade
Livro - O Tempo
Inri Cristo

Muitos tem se referido a bíblia como a Palavra de Deus, mas ela mesma não faz nenhuma inferência a isto. Ao contrário, a bíblia declara que Cristo é a Palavra: "No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus." João 1.1. O Próprio Cristo repreendeu os judeus ao dizer: Examinais as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que testificam de mim." João 5.39. Ou seja, as Escrituras dão testemunho de Cristo. Mas, somente Cristo vivifica. A bíblia é um conjunto de livros. Também não devemos confundir as Escrituras Sagradas com a bíblia em suas diversas versões, porque esta sofreu alterações gramaticais e acrescimos teológicos e litúrgicos. Não devemos deixar de ler a bíblia, mas devemos discernir suas traduções.
A Palavra do Senhor é Cristo. Ele é a verdade, o caminho e a vida. Ouça-o! Siga-o, e obedeça os seus mandamentos.

Para onde vai o homem após morte?

A. No Antigo Testamento: ao pó tornarás:
Genesis 3.9 – No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes a terra; porque dela foste tomado, porquanto é pó e em pó tornarás.
Ver outras referências: Salmo 104.29; 146.5; Eclesiastes 3.20; 9.10; 12.7.
A.1. Desciam ao Seol:
  • Jacó desceu ao Seol para chorar pelo seu filho – Genesis 37.35.
  • Coré e todos os que o pertenciam foram engolidos pela terra, vivos desceram ao Seol – Números 16.30-33.
  • Abner foi sepultado em Hebrom, e o rei com todo o povo chorou junto ao Seol - 2 Samuel 3.32.
A.2. O Seol é a sepultura dos mortos:
Genesis 37. 35; 42.38; 44.29,31; Números 16.30-33; Deuteronômio 32.22; 1 Samuel 2.6; 2 Samuel 22.6; Jó 11.8; 14.13; 17.13; 21.13; 24.19; 26.6; Salmo 6.5; 9.17; 16.10; 18.5; 30.3; 31.17; 49.14,15; 55.15; 86.13; 88.3; 89. 48; 116.3; 139.8; 141.7; Provérbios 1.12; 5.5; 7.27; 9.18; 15.11, 24; 23.14; 27.20; 30.16; Eclesiastes 9.10; Cantares 8.6; Isaías 5.14; 14.9, 11, 15; 28.15, 18; 38.10, 18; Ezequiel 31.15-17; 32.21,27; Oseias 13.14; Amós 9.2; Jonas 2.2; Habacuque 2.5.
B. No Novo Testamento: o céu é a nossa pátria:
Filipenses 3.20 – Pois nossa pátria está nos céus, de onde esperamos também nosso salvador, o Senhor Jesus Cristo.
Ver outras referências: 2 Coríntios 5.8; Filipenses 1.23.
B.1. Desceram ao Hades:
  • Lázaro, irmão de Marta e Maria – João 11.17.
  • Jesus, o Cristo – Atos 2.27, 31; Apocalipse 1.18.
B.2. O Hades é a sepultura dos mortos:
Mateus 11.23; 16.18; Lucas 10.15; Atos 2.27, 31; Apocalipse 1.18; 6.8; 20.13,14.
B.3. A MORTE opera como um coletor dos homens caídos devido o pecado. E o HADES como um depósito dos mortos:
Mateus 10.21; 26.59; Apocalipse 1.18; 6.8; 20.13.
Texto de O RICO E LÁZARO não ilustra a condição do homem após a morte – Lucas 16.19-31:
1ª Prova: Os judeus tinham por pai Abraão e criam na tradição judaica de desfrutarem da companhia de Deus e dos patriarcas em um lugar de consolo, paz e segurança. O texto mencionado por Jesus era acusativo e não ilustrativo – Lucas 3.7,8; Colossenses 2.8.

2ª Prova: O texto de “o rico e Lázaro” não se refere a uma parábola, pois menciona nomes como Abraão, Lázaro e Moisés. É uma história usada por Jesus como resposta aos fariseus que amavam o dinheiro e se consideravam justos – Lucas 16.14,15.

3ª Prova: Seio de Abraão não é símbolo do paraíso, mas como região enseada, ou seja, porto. Já que os judeus tinham Abraão como pai da nação judaica, Jesus utilizou esta metáfora como símbolo de porto seguro, assim como Deus é o porto seguro de Cristo – João 1.18.

4ª Prova: O texto não menciona a palavra “paraíso”, apenas retrata uma região enseada que para a tradição judaica transmitia a ideia de consolo – Lucas 16.22,23.

5ª Prova: Lázaro recebeu a salvação divina apenas por ser pobre, contrariando o plano da salvação em Cristo. Enquanto o centurião Cornélio mesmo sendo justo diante de Deus ainda não pertencia a Deus, porque não havia confessado a Jesus Cristo – Atos 10.

6ª Prova: Em nenhuma outra passagem o Hades é citado como um lugar de tormento. Pois, o Hades se refere à sepultura dos mortos - Mateus 11.23; 16.18; Lucas 10.15; Atos 2.27, 31; Apocalipse 1.18; 6.8; 20.13,14.

7ª Prova: Havia diálogo entre os que estavam no seio de Abraão com os que estavam no Hades embora tivesse ali um abismo. Porém a Bíblia Sagrada é bem clara em dizer que a luz não combina com as trevas – 2 Coríntios 6.14-16.

8ª Prova: Mesmo o rico sendo condenado ao fogo, Abraão ainda assim o chamou de filho. Porém a Bíblia Sagrada incita que o Juiz dirá abertamente: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” – Lucas 16.25; Mateus 7.23.

9ª Prova: Os que descem ao Hades não podem mais esperar na verdade de Deus, pois nada sabem coisa alguma. Não podem louvar ou clamar a Deus. Enquanto o rico clamou a Abraão por misericórdia. Jesus usou esta história para contestar arrogância dos judeus, e não para contradizer as Escrituras – Lucas 16.24; Eclesiastes 9.5,10; Isaías 38.18.

10ª Prova: Jesus usou a expressão “eles tem Moisés e os profetas” identificando que os judeus deveriam ouvir a Palavra de Deus, pois se não dessem ouvidos à Palavra de Deus não se deixariam persuadir, mesmo que Cristo ressuscitasse dos mortos. Fato que realmente aconteceu após sua ressurreição – Mateus 28.11-15; Atos 13.30-45.
B.3. A morte veio por Adão. E a Vida veio por Jesus Cristo:
Romanos 5.14, 17; 1 Coríntios 15.22.
B.4. Da morte para a vida por meio de Jesus Cristo:
João 5.24; Romanos 6.23; 1 João 3.14.
B.5. A garantia de estar com Cristo:
  • Fomos crucificados com Cristo – Romanos 6.6; Gálatas 2.20.
  • Fomos sepultados com Cristo na sua morte – Romanos 6.4.
  • Fomos ressuscitados com Cristo – Colossenses 3.1
  • Sentamos nas regiões celestiais com Cristo – Efésios 2.6.
  • Somos concidadãos dos céus e membros da família de Deus – Efésios 2.19.
  • Aguardamos a redenção do nosso corpo pela manifestação da glória de Cristo que nos introduzirá na plena filiação e na benção da vida eterna – Tito 2.13,14.
“E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Gênesis 2.16, 17.

É interessante observarmos que o homem não era imortal, pois o Senhor o advertiu quanto à morte. Como já sabemos, Adão comeu o fruto, desobedecendo ao mandamento do Senhor vindo sobre ele à certeza da morte. Embora, não pudesse comer da árvore da ciência do bem e do mal, Adão tinha acesso livre a todas as árvores do jardim. Após ter pecado, Deus o privou de comer da árvore da vida para que não se tornasse eterno (Gênesis 3.22-24).

No hebraico a palavra morte é met oriunda do verbo muth e no grego é thanatos, significam separação. Ou seja, o pecado gera a separação do homem com Deus (Tiago 1.5; Isaias 5.2); Também implica dizer a cessação, o corpo que é pó volta a terra e o espírito que é o fôlego volta a Deus, cessando a existência da alma, dessa forma, o pecado gera o inverso da criação do homem.
“Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente.”
  • Criação do homem: Pó da terra (corpo) + Fôlego (espírito) = Alma (pessoa)
  • Morte do homem: Pó da terra (corpo) - Fôlego (espírito) = Cadáver
A ideia de que o homem tem um espírito imortal ou de que a alma não morre é uma mentira que teve começo em Gênesis 3.4, onde a serpente questionou com a mulher a ordenança de Deus.

Disse a mulher: Assim disse Deus: do fruto da árvore que está no meio do jardim, não comereis dele, nem tocareis nele, para que não morrais.
Mas, a serpente que era mais astuta do que todos os animais do campo disse à mulher: Por certo não morrereis.
Gênesis 3.4

A continuarmos a leitura poderíamos também cair na mentira de Satanás, pois pelo que parece o homem não morreu no mesmo dia em que pecou.
Para entendermos o que o Senhor Deus disse: “... no dia em que dela comeres, certamente morrerás”, é necessário observarmos que o dia de Deus é como mil anos (Salmo 90.4; 2 Pedro 3.8), e conforme escrito Adão morreu com a idade de 930 anos (Gênesis 5.5), ou seja, dentro do limite do dia de Deus. Então, em verdade e em certeza a morte veio sobre o homem naquele dia.

Conclusão:

Devido ao pecado de Adão todos os homens passaram a morrer. Mas, através da fé em Jesus Cristo e da promessa do Messias todos aqueles que creem nEle ressuscitarão para a vida eterna, na ocasião de Sua segunda vinda, e isso, porque Cristo ressuscitou.

“Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.”
1 Coríntios 15.20-23.

A ressurreição do corpo só é possível pela ressurreição do Senhor Jesus. Pela sua ressurreição ele glorificou e transfigurou a humanidade nEle. Ele é "as primícias" (1 Coríntios 15.20, 23; Colossenses 1.18). Sua vitória sobre a morte garante a nossa própria ressurreição (Romanos 8.11; 2 Tessalonicenses 4.14). Seu corpo de glória é o padrão dos nossos futuros corpos (Filipenses 3.20, 21; 1 Coríntios 15.48, 49).

Mas o que é a morte, então? A morte é deixar de existir.
Para vencer a morte, Jesus precisava da ressurreição do corpo e espírito. Um corpo visível e palpável e não apenas um espírito (Lucas 24.39,40). Para provar isso Jesus comeu na presença dos discípulos (Lucas 20.20, 24-27). Entretanto era um corpo transformado. Não estava preso a espaço nem ao tempo. Podia aparecer e desaparecer. (Lucas 24.31; João 20.19, 26).

A nossa fé em Jesus não é um simples pensamento de nossa mente, nem é uma mera aceitação mental das coisas que ouvimos sobre Ele. Nossa fé nEle é poderosa porque nos une a Ele. Toda a nossa vida é "em Cristo" (Paulo usa esta expressão 164 vezes). O pecador só pode ser abençoado pela obra de Cristo quando é unido a Ele.
Entretanto nós somos homens, e a igreja, apesar de ser um organismo celestial, é um organismo humano. Para que Jesus se tornasse a cabeça deste organismo humano era necessário ser homem para sempre. Por isso necessitava de um corpo humano. Sem a ressurreição do corpo, Cristo teria deixado de ser humano. Pela ressurreição o Senhor tornou-se homem eternamente, com um corpo transfigurado e glorificado. Ele agora é o "homem do céu" (1 Coríntios 15.47) é o Filho do Homem que está no meio dos candeeiros (Apocalipse 1.13), é a cabeça de uma nova raça (Efésios 1.22,23).
 
A ressurreição de Cristo é, portanto, aquilo que faz a grande diferença entre a fé cristã e a religião dos homens. Se Jesus Cristo não tivesse ressucitado em vã seria a nossa fé. Porém, temos uma pessoa viva que vive em nós e nós nEle. Esta é a esperança da glória. (Colossenses 1.27)

domingo, 10 de abril de 2011

Por que morte de cruz?

1 - INTRODUÇÃO
Esta pergunta parece absolutamente retórica, sem qualquer valor espiritual, já que o fato ao qual nos referimos está perdido em um passado milenar, que não vai ser alterado por nada.
Observe que a história está marcada por personagens que foram martirizados em favor de uma causa, não existindo, porém, a figura da cruz como o instrumento de punição.
Tiradentes foi enforcado, Abraão Lincoln e Gandhi alvejados por armas de fogo, a legendária Joana D\' arc queimada na fogueira, Sócrates foi forçado a se envenenar com sicuta, muitos cristão foram fuzilados e decapitados em países que repudiavam a mensagem de Cristo.
Contudo, Jesus morreu na cruz.
Por que isso teria acontecido? Simplesmente pelo fato de os romanos utilizarem tal método de castigo? Para que sua morte, no monte Gólgota, fosse vista por mais pessoas? Essa é a nossa questão básica a ser respondida.
A busca dessa resposta nos permitirá penetrar no campo da atuação divina, o que para nós é fundamental, uma vez que a ação de Deus ocorre com base na própria Palavra, cujo conhecimento liberta (Jo 8:32).
Para efeito de simplificação, vamos dividir nossa análise em itens: 
2 - A AÇÃO DE DEUS EM RELAÇÃO AO HOMEM 
2.1 - Deus nos criou e sabe exatamente qual é a nossa estrutura.
Sabe que somos pó (Sal 103:14)
2.2 - O Senhor tem determinado unir o homem a si mesmo, nos moldes da proposta que apresentou a Adão e Eva. Deus cria a sua imagem (Gênesis 1 ;26 ); Deus promete enviar um redentor (Gênesis 3:15); Pensamentos de Paz (Jeremias 29:11).
2.3 - Deus espera certas ações de nossa parte, mas elas não são de natureza transcendental, mas sim humana. Lança teu cuidado (I Pedro 5 ;7); Quem crer será salvo (Mc 16:16); Clama (Jeremias 33:3); Busca (Jeremias 29:13).
2.4 - A iniciativa de remir a humanidade partiu de Deus, e por isso Ele se fez carne, por meio de Cristo, e não permitiu que ninguém da terra fosse feito de natureza divina. O verbo se fez carne (João 1:14); Não há outros deuses (Êxodo 20: 3-5).
2.5 - Deus nos ama e está disposto a transformar nosso viver, mas Ele mesmo, com base na sua justiça, não muda jamais, cumprindo estritamente suas promessas. Não é homem para mentir...(Nm 23:19).
2.6 - Uma avaliação sobre as promessas e os eventos da missão de Jesus:
O evento prometido e o cumprimento
Referência da promessa
Referência do cumprimento
Jesus nascido em Belém
Mq 5 :2
Mt 2 ;1
Filho de uma virgem
Isa 7 : 14
Mt 1 :23
Contado entre malfeitores
Isa 53: 12;

Mc 15:28:Lucas 22: 35-38
Sem ossos quebrados
Jo 19:36: Ex 12:46; Nm 9:12;Sal 34:20
Jo 19:33
Sepultado em lugar de ricos
Isa 53:9
Jô 19:38-42; Mat 27:57
Lançaram sorte sobre suas roupas
Salmos 22:18
Mateus 27:35
Ressurreto no terceiro dia
Salmos 16:10
Jô 20:1-10; Mat 28: 1-10
Sorte sobre suas vestes
Salmos 22:18
Lc 23:34; Jo 19:23-24
Transpassado
Jô 19:37
Zac 12:10; Ap 1:7

3 - AS REGRAS DO SACRIFICÍO DE CRISTO

3.1 - A morte de Cristo seria para a remissão e isso exigia sangue.
Sem sangue não há remissão (Hb 9:22: I Ped 1 ;19; Ef 1 ;17).
3.2 - Jesus nos substituiu como alvo da maldição
Maldito o que for pendurado no madeiro (Deuteronômio 21:23 e Gálatas 3:13).
3.3 - Ele tomou sobre si as nossas enfermidades , e isso através de suas pisaduras.
Pelas suas pisaduras fomos sarados (Isaías 53:5).


4 - UMA ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS

Diante desses requisitos seria possível fazer uma análise das alternativas que estariam a disposição dos algozes de Cristo naquela época, e que o levariam à morte, de qualquer forma o que, em tese, atenderia à missão do Mestre, que era “dar sua vida em resgate de muitos (Jo 10:28).
Alternativas de morte
Os efeitos restritivos diante da promessa divina
Enforcamento
Sem sangue/ sem maldição
Ferido por lança
Algum sangue/ferimento local
Apedrejamento
Algum sangue/ sem maldição
Fome ou sede
Sem sangue/ sem pisaduras
Envenenamento
Sem sangue/ sem pisaduras
Fogo
Sem derramar sangue/sem maldição
Afogamento
Sem sangue/ sem pisaduras
“Fuzilado” por flechas
Sem derramamento de sangue

5 - CARACTERIZAÇÃO DO SACRIFÍCIO DE CRISTO
Façamos, agora, faremos UMA ANÁLISE DO SACRIFÍCIO DE JESUS , para avaliar se ele atendeu os requisitos nos quais as outras formas de morte falhariam.
Característica
Elementos
Referência
Maldição
Cruz
Dt 21:23
Derramar sangue
Coroa/cravos/lança
Hb 9:22
Pisaduras
Mãos / pés / cabeça / tronco / órgãos internos
Isa 53:5

6 - UMA PONDERAÇÃO ESPECÍFICA
6.1 - É interessante notar, em benefício do nosso esclarecimento dos fatos bíblicos, que o procedimento de crucificar não era algo típico dos judeus, pois apesar de ser prática conhecida, era considerada uma maldição para aqueles que assim viessem a ser castigados. A fórmula bíblica de punição do Velho Testamento era a “lapidação”, ou seja, o apedrejamento.
Crucificar era fórmula usada pelos romanos, que não por coincidência, exerciam domínio político sobre os judeus na época de Jesus. A crucificação expressava a demonstração pública de punição para aqueles que se opunham a César.
6.2 - Cristo iniciou seu martírio antes mesmo de ser preso, e ali no jardim onde orava verteu suor em gotas de sangue, algo que pode acontecer em situações extremas, conforme afirmam os médicos (Jo 19:34; I Jo 5: 6,8).
6.3 - Essa particularidade, das gotas de sangue que porejaram da testa do Mestre, nos leva a entender que Ele levou sobre si não somente os males evidentemente físicos que podem nos afligir, mas, igualmente, aquelas mazelas que atingem nossa alma e espírito nos dias de hoje, uma vez que tal evento derivou da profunda tristeza que envolveu Jesus naquele horto. (Isaías 53:3-5; Salmos 103:3).
6.3.1 - Cravos nos pés e mãos cobrem as enfermidades dos nossos membros (Jo 20:25).
6.3.2 - A coroa de espinhos, as bofetadas, os golpes de cana em sua cabeça mostram que essa importante parte do nosso corpo, a “cabeça”, teve sua parcela coberta nos sofrimentos de Jesus(Marcos 15:17-19).
6.3.3 - Suas costas foram cortadas profundamente pelo chicote duplo utilizado pelos romanos, cujas pontas tinham duas bolas de chumbo, em uma série de açoites que não respeitaram o limite da lei judaica de 40 chibatadas.
Além das costas, os ombros e as pernas eram atingidos pelos golpes que cortavam a pele e depois penetravam até os músculos, mas na parte superior do tronco a maior quantidade de sangue foi vertido, pois o manto que colocaram sobre Jesus por algum tempo para o escarnecerem, foi retirado subitamente, provocando nova hemorragia, como ocorre na retirada, sem cuidado, de uma bandagem.
Esse detalhe nos levaria a ter certeza de que todas as enfermidades que atingem nosso tronco teriam sido levadas por Cristo. Mas e aquelas dos órgão internos?
O fato de Jesus ter sido transpassado por uma lança, em um golpe que atingiu seu coração na parte externa, que produziu água, e na parte interna, que verteu sangue, caracteriza a resposta a nossa inquietação, uma vez que também nossos órgãos internos são cobertos pelo sacrifício da cruz.
O transpassar da lança, que ocorreu após a morte de Jesus ,provocou a saída de sangue e água, resultantes de uma característica da morte que dilacerou seu coração, comprova que Jesus não morreu de asfixia, que representava o objetivo básico da crucificação, mas sim de um ataque cardíaco, provocado pelo choque do sofrimento maior do Mestre, que foi sua separação momentânea de Deus. Tal situação levou a pela contrição do coração por fluídos no pericárdio (Marcos 15:34).
6.3.4 - Jesus foi separado do Pai, com quem esteve desde a eternidade (Jo 1:1-2)para que nós pudéssemos ter acesso a Ele, Deus Pai, de tal maneira que na morte de Cristo o véu do templo se rasgou de alto a baixo (Mateus 27:51).
6.3.5 - As gotas de sangue vertidas com o suor representam o elemento de cura para aquelas lutas não geradas no âmbito do físico, mas que procedem do nosso interior, ligadas a alma e ao espírito, tais como: o medo, a dúvida, a tristeza, a depressão, os rancores guardados, e tantos outros (Lucas 22:44).

7 - AS POSSÍVEIS CONCLUSÕES

A análise desse aspecto da história bíblica nos mostra que Deus não age ao sabor de um momento em que, estando satisfeito ou irado, responderá passionalmente às nossas atitudes.
Tal conceito é importante na medida em que podemos estar tranqüilos de que tudo o que for semeado voltará para nós dentro de seu padrão inicial.
Jesus já advertia que Deus não nos dá algo diferente do que pedimos (Lucas 11: 5-13), e esse pedir tem origem em pensamentos, palavras e ações.
O plano divino existe desde a eternidade, e embora não possamos alcançar a sua profundidade, e até mesmo possamos duvidar de sua exatidão, ele vai se cumprir com total precisão.
Nossa maior dificuldade, conforme registrou Pedro (II Pe 3:8), reside no tempo, pois Deus não tem pressa e nós temos, de tal maneira que procuramos “atalhos” para obter coisas que dependem exclusivamente da decisão do “Chefe”.
Imagine-se diante de um cofre “espiritual” que abriga um grande tesouro, que lhe tenha sido doado, mas cuja fechadura possui um mecanismo de tempo. O que adiantaria ficar batendo na porta, lamentando, gritando? O que importa é esperar o momento eterno que não vai atrasar nem adiantar.
Minúcias são aportadas pela Palavra em relação às promessas divinas. Mesmo quando parecem insignificantes são respeitadas por aquele que as cria (haja luz, e ouve luz Gen 1:3 x as virgens sem luz nas lâmpadas Mt 25: 1-13) , pois se Ele pode todas as coisas, por outro lado, respeita as regras que estabeleceu conosco.
Pode parecer, as vezes, que Deus está lá, assentado em seu trono, alheio a você, que não se importa com as “coisinhas” que o incomodam, mas a realidade de Cristo mostra que isso não procede, e que o Senhor está atento aos detalhes, uma vez que seu único trabalho, que envolve uma atitude “física” e que tem participantes externos, é aquele que está dirigido para nós.
Um Deus que trabalha (Isa 64:4); Tudo sob controle divino. Até os cabelos de nossa cabeça (Mat 10:30) 

Profecia do século parte I

Profecia do Século Parte II